Apesar de ser um conceito aparentemente simples, o conceito de Open Hardware ainda confunde muita gente, que costuma associar esse tipo de hardware à pirataria.
Pensando nisso, preparamos este pequeno guia para ajudá-lo a entender o conceito de Open Hardware (ou Hardware livre), e como esse conceito pode ajudá-lo nas suas próximas aquisições.
O que é Open Hardware?
O conceito de Open Hardware é muito parecido com o conceito de software livre, popularizado pelo sistema operacional Linux, cujo código fonte é aberto, ou seja, você pode baixar o código, fazer as suas próprias modificações e criar um Linux customizado.
Com o Open Hardware acontece praticamente a mesma coisa. São circuitos eletrônicos ou hardware de computador que podem ser copiados livremente, já que o próprio desenvolvedor disponibiliza o diagrama esquemático, lista de componentes, layout de placa e outros informações relacionadas ao hardware.
Geralmente o desenvolvedor não cobra nenhuma taxa de licença, mas em alguns casos é exigido que o nome dele seja incluído nos créditos do projeto final. O desenvolvedor também pode exigir que qualquer projeto baseado em seu trabalho seja distribuído no esquema de Open Hardware.
Vantagens do Open Hardware
Redução de custos talvez seja a primeira coisa que venha à cabeça quando se pensa em Open Hardware. Afinal, um fabricante pode por exemplo encomendar milhões de componentes ao mesmo tempo, obter um desconto junto aos fornecedores e repassar esse desconto ao preço final do produto.
Mas outra grande vantagem é a possiblidade de melhorar o hardware, acrescentando alguma funcionalidade extra ou até mesmo resolvendo algum problema de funcionamento no hardware original. Um dos exemplos é o Bluno Mega 2560 da DFRobot que fez algumas alterações adicionando um módulo bluetooth:
Pensando em termos genéricos, imagine uma empresa que deseja monitorar centenas de máquinas utilizando uma placa com microcontrolador e comunicação via rede wifi. Ao invés de conectar vários componentes via cabos, shields e conectores, ela pode simplesmente optar por montar o seu próprio hardware com todos os componentes necessários, sem perder as características básicas do hardware original. Terá uma solução com menor custo e também com menor possibilidade de ocorrência de falhas.
Open Hardware x Pirataria
Open Hardware é frequentemente confundido com pirataria, mas são conceitos completamente distintos. Vamos tomar como exemplo o Arduino. Um fabricante pode colocar em uma mesma placa um ATmega, o regulador de tensão, o chip FTDI, os demais componente e criar seu próprio Arduino.
O que ele não pode é utilizar o nome Arduino, o logo e a frase “Made in Italy”, principalmente se ele não foi produzido lá, certo ? Nesse caso, estaria caracterizada a pirataria.
Produtos
Aqui na FILIPEFLOP são comercializados produtos baseados no conceito de Open Hardware abordado anteriormente. São produtos com a mesma qualidade e os mesmos componentes do hardware original, mas sem contar com logomarcas ou outras informações do desenvolvedor, respeitando marcas registradas.
Veja por exemplo a comparação entre um Arduino Uno Italiano e uma placa baseada em Open Hardware.
Considerações finais
Equipamentos eletrônicos baseados no conceito de Open Hardware são opções seguras de compra para o seu projeto. Nós da FILIPEFLOP estamos empenhados em garantir a qualidade dos nossos produtos e estamos à disposição para responder questões relacionadas à procedência e fornecer todo o suporte necessário para sua correta utilização.
Gostou? Deixe seu comentário logo abaixo.
Muito bem explicativo…
Obrigado!
Boa tarde.
Meu nome é Paulo, e eu gostaria de saber se posso utilizar esta placa para produzir um equipamento para vender comercialmente.
Será preciso obter alguma licença, ou é como o arduino, que é somente para estudos ?
outra coisa… estamos com dificuldades de programar uma sequência de operações no arduino UNO, que é o que estamos trabalhando para desenvolver nosso projeto.
Voce poderia nos ajudar ?
nós sabemos que o UNO é limitado, e queremos passar para uma tecnologia mais recente.
estamos pensando em passar para o INTEL galileu, mas é muito caro. talvez este MEGA seja o ideal.
Pode nos ajudar ?
Obrigado.
Paulo.
Paulo,
Desde que você não se aproprie da marca Arduino, logo, e “slogan”, pode utilizar sem problemas. As nossas placas Arduino são todas open hardware, então não há problemas.
Abraços!
Diogo – Equipe FilipeFlop
A Programação usando a IDE do Arduino é exatamente idêntica ao se programar com o open-hardware? inclusive na hora de selecionar a placa?
Bom dia Rodrigo,
Exatamente igual. 🙂
Abraço.
Adilson – Equipe FILIPEFLOP
Parabéns ótima materia.
Obrigado Eli! 🙂
Equipe FILIPEFLOP
Muito bom artigo, tirou minhas dúvidas, obrigado pela explicação!
Obrigado Ivo !
Abraço.
Adilson – Equipe FILIPEFLOP
Ola boa Noite? Tenho um equipamento de automação com microcontroladores Pic, e agora passei toda plataforma para o Arduino! Será que posso comercializar meu equipamento sendo que uso placa do Arduino?
Boa noite Rogério,
Não vejo problemas nesse ponto, já que você não está vendendo o Arduino, está fornecendo a solução completa.
Abraço.
Adilson – Equipe FILIPEFLOP
Não acho que o termo “pirata” caiba ao material open hardware. Pirata é o produto que se diz original e não é.
Sempre compro arduinos na filipeflop, e não são piratas, apenas open hardware, e alguns são tão bons quanto os originais.
Excelente artigo!!!!
Olá Yusukke,
Sim, temos um cuidado muito grande na escolha dos nossos fornecedores, queremos sempre trazer um produto de qualidade e confiável.
Viva o open-hardware. Abraço!
Mas olhando no site deles e pesquisando a respeito nenhuma das marcas que os italianos usam podem ser usadas, inclusive UNO e MEGA. Eles tem como marca registrada a tipografia e a aparencia das placas.
Então para não ser “pirata” ou pirata a placa tem que ter formato diferente e ter na descrição “derivado de Arduino”
Se quiserem dar uma olhada no artigo que escrevi a respeito:
http://buildbot.com.br/blog/os-limites-do-openhardware-quando-a-pirataria-comeca/
Oi Paula,
Obrigado pelo seu comentário, bem legal seu artigo. Segundo o próprio pessoal da Arduino eles detém apenas a marca Arduino e logo, não aparência e tipografia, como na seção “trademark” no link do artigo.
Abraço!
Legal o post, bem explicativo.
Acho que o conceito de hardware livre precisa ser difundido no Brasil, bem como o movimento makers que tem tudo a ganhar com esta proposta.
Olá Carlos,
Que bom que gostou. Também concordo, o movimento makers está crescendo no Brasil e a propagação do hardware livre só tem a ajudar com isso.
Abraço!